Após ataque com fogos de artifício, Toffoli aciona órgãos de segurança e justiça

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, acionou órgãos de justiça e segurança para providências sobre os ataques com fogos de artifício lançados em direção ao prédio do STF na noite desse sábado (13).

 

Toffoli pediu providências ao procurador-geral da República, Augusto Aras, ao Diretor-Geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, ao secretário de segurança do Distrito Federal, Anderson Gustavo Torres, e ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação sobre as ameaças e as notícias fraudulentas contra o STF.

 

Nos despachos, Toffoli pede apuração e responsabilização penal dos que deferiram e financiaram os ataques e ameaças ao Supremo na noite do sábado, inclusive por eventual delito de organização criminosa, e cita o nome de possível suspeito.

 

Em um vídeo que circula nas redes sociais, um homem filma por mais de 4 minutos os fogos sendo lançados em direção ao prédio do STF.

 

Em nota, o presidente do STF afirma que o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo que simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas. Segundo Toffoli, essas atitudes são financiadas ilegalmente e têm sido estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo tenta estabelecer com todos, afirma.

 

Ainda na nota, Toffoli diz que o STF jamais se sujeitará a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta. O presidente do STF encerra afirmando que buscará todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para a defesa dos ministros e da instituição.

 



O relator da investigação sobre as ameaças deferidas contra o Supremo, ministro Alexandre de Moraes, também se manifestou. Nas redes sociais, disse que o STF jamais se curvará ante agressões covardes de verdadeiras organizações criminosas financiadas por grupos antidemocraticos que desrespeitam a Constituição Federal, a Democracia e o Estado de Direito. Alexandre de Moraes conclui dizendo que a lei será rigorosamente aplicada e que a Justiça prevalecerá.

 

Também em nota, o ministro da Justiça, André Mendonça, afirmou que todo o poder emana do povo e, por isso, todas as instituições devem respeitá-lo, respeitando ainda a vontade das urnas. Mendonça diz que devemos agir por esse povo, compreendê-lo e ver a crítica e manifestação desse povo com humildade. Na democracia, afirma o ministro da Justiça, a voz popular é soberana.

 

Em seguida, André Mendoça diz que a democracia também pressupõe o respeito às instituições, seja a presidência da República, o Congresso ou o STF e que, portanto, todos devem fazer uma autocrítica. Diz ainda que não há espaço para vaidades e que o momento é de união.

 

O ministro da Justiça encerra afirmando que o Brasil e o povo devem estar em 1º lugar.

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