DF decreta situação de emergência por causa da dengue, febre amarela, zika e chikungunya



O risco de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti fez com que o governador Ibaneis Rocha decretasse situação de emergência na saúde, nesta sexta-feira.

O decreto tem validade de 180 dias em razão dos riscos de doenças como a dengue e a febre amarela, além do vírus da zika e chikungunya.

A situação de emergência autoriza o governo a adotar medidas administrativas para contenção da epidemia, como aquisição de insumos e materiais, além da contratação de serviços emergenciais.


Também fica autorizada a contratação de pessoas, por tempo determinado, para trabalhar no combate ao mosquito. A previsão do GDF é contratar 2 mil e seiscentos profissionais para o combate ao Aedes.

Segundo informações da Secretaria de Saúde, em 2019, 62 pessoas morreram em decorrência da dengue no Distrito Federal. Em 2018, foram apenas 2 óbitos registrados. A febre chikungunya também matou uma pessoa no ano passado.

O número de casos confirmados da zika cresceu 320% em 2019. Já a febre amarela não teve nenhum caso confirmado no ano passado.

Nova espécie de macaco, o zogue-zogue do Parecis, é descoberta na Amazônia



Uma nova espécie de macaco acaba de ser descoberta na Amazônia. Apelidado carinhosamente de “zogue-zogue dos Parecis”, o primata foi encontrado na região da Chapada dos Parecis, que fica entre os estados de Mato Grosso e Rondônia.

A descoberta foi publicada recentemente em forma de artigo na revista Primate Conservation, um dos principais periódicos de pesquisas sobre conservação de primatas do mundo.

O texto é de autoria de Almério Câmara Gusmão, pesquisador da Universidade do Estado de Mato Grosso. Além dele, o estudo contou com a contribuição de quinze pesquisadores de nove instituições nacionais e estrangeiras.

O cientista explica que o macaco é do gênero Plecturocebus. As primeiras populações do novo animal foram encontradas em 2011 nos municípios rondonienses de Pimenta Bueno e Vilhena.

Ele conta que o que mais chamou a atenção dos pesquisadores foram as cores do bicho, que são muito diferentes da pelagem branca típica dos outros tipos de Plecturocebus já conhecidos. Durante o processo de investigação, foram mais de 50 variáveis investigadas.

Gusmão ainda explica que o macaco zogue-zogue corre risco de extinção, porque a espécie vive em áreas com altos índices de desmatamento.

Agora, os pesquisadores esperam que a espécie Plecturocebus parecis seja incluída na lista de animais quase ameaçados de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza.

A organização reúne dados com graus de ameaça das espécies no mundo e elabora planos para manter a conservação dos bichos.

Escola de samba Salgueiro promove mutirão de cidadania no Rio de Janeiro


A Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, no Andaraí, zona norte, está oferecendo serviços ao cidadão, emissão de documentos, além de vacinação contra o sarampo, que tem como alvo pessoas entre seis meses e 49 anos de idade.

A iniciativa é da Secretaria de Estado de Saúde em parceria com as escolas de samba do Grupo Especial.

O evento Saúde de Bamba fica aberto ao público até as 15h.

Na quadra da escola, agentes de saúde alertam a população sobre a importância de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Os visitantes ainda tem diversos serviços, como orientação médica, saúde bucal, coleta de sangue para o Hemorio, que distribui sangue para 180 hospitais da rede pública do Estado, além de teste de glicose, aferição de pressão, ação de prevenção contra o uso de drogas ilícitas, orientações sobre como se alimentar de maneira saudável e sobre os riscos do tabagismo, e distribuição de preservativos.

Equipes técnicas da secretaria poderão fazer encaminhamentos para consultas de ortopedia, urologia e dermatologia.

A ação conta ainda com uma parceria com a Fundação Leão XIII, para emissão gratuita de 2ª via de certidão de nascimento, casamento e óbito; e com o Detran, para 1ª e 2ª vias de carteira de identidade.

Também estão previstas sessões de maquiagem e limpeza de pele, além de oficina de customização de fantasias de Carnaval. A quadra do Salgueiro fica na Rua Silva Teles 104, Andaraí.

Brumadinho: Um ano depois, mudanças são defendidas para que tragédia não se repita



Um Estado fortemente marcado pela mineração. É assim que o geólogo Geraldo Magela vê a história de Minas Gerais.

“Já começa pelo próprio nome: Minas Gerais. Ele nasceu da mineração, com a lavra do ouro nos tempos antigos. A vocação de Minas Gerais é a mineração, tanto que é o estado que mais tem operações mineiras no país”.

O prefeito da cidade de Mariana, Duarte Junior, diz que os municípios mineiros vivem um histórico dilema.

“Mariana chega a depender...89% da nossa receita advém da mineração. Então é muito complicado, porque você tem a empresa que é responsável pela maior tragédia ambiental do país, o maior derramamento de lama do mundo, mas é a empresa que, sem esse recurso do CFEM, você não consegue manter os serviços essenciais”.

Ao olhar para o presente e passado de Minas Gerais, é fácil constatar o peso da minerodependência do Estado e do Brasil. Mas a pergunta que fica é: o que pode mudar no setor de mineração para que tragédias como as de Brumadinho e de Mariana não se repitam no futuro? Para o geólogo Rodrigo Viana, um dos caminhos é investir em outros métodos de armazenamento de rejeitos.

“Você pode colocar, por exemplo, sistemas de filtragem de rejeitos, onde você vai reduzir maciçamente a quantidade de rejeito que vai para as barragens. Ou até mesmo, em algumas escalas, exemplo de algumas empresas de mineração, elas nem tem barragens. 

Elas têm pilhas de rejeito. O rejeito, ao invés de ser lançado na barragem, ele é filtrado, prensado, ele sai numa unidade muito menor, e a partir daí ele é secado e empilhado”.

O Promotor do Ministério Público de Minas Gerais, Guilherme Meneghin, diz que é preciso fortalecer o sistema legal, mas lembra que há muitos desafios pela frente.

“Do ponto de vista legal, houve um avanço no estado de Minas Gerais, com a aprovação da Lei de Segurança de Barragens, uma nova lei que proibiu esse tipo de barragem que se rompeu em Mariana e Brumadinho, e isso foi um grande avanço. O problema é que só se aplica em Minas Gerais essa lei. E existem dezenas de barragens desse tipo que ainda estão operando no Brasil inteiro”.

Na Universidade Federal de Minas Gerais, o professor Roberto Galery está pesquisando alternativas para aproveitar os rejeitos armazenados em barragens. Ele desenvolveu geopolímeros que podem substituir o cimento. A tecnologia já foi testada para construção de uma casa na cidade de Pedro Leopoldo.

“Eles falam que de 2010 a 2030 nós já vamos ter produzido 11 bilhões de toneladas de rejeitos. E nós já estamos no meio desse período, então a gente já produziu aproximadamente 5,5 bilhões de toneladas de rejeitos. Isso a gente tem que desenvolver tecnologias pra aplicação desses rejeitos e coprodutos como pisos intertravados, asfalto drenante, piso drenante. Isso no sentido de aproveitar esses materiais em substituição à areia comum, à brita convencional”.

Familiares de vítimas e organizações sociais também estão tentando conscientizar investidores que compram ações da Vale, no Brasil e no exterior, sobre a necessidade de cobrar mudanças na conduta das mineradoras. Essa é uma forma de atrair investimentos responsáveis e com parâmetros de segurança para o Brasil.

*Essa é a última reportagem de uma série especial para marcar um ano do rompimento da barragem 1 da mina Córrego do Feijão, operada pela mineradora Vale, em Brumadinho (MG). A tragédia ocorreu no dia 25 de janeiro de 2019.

Justiça do Rio pede manifestação do MP sobre reabertura da Avenida Niemeyer


A justiça do Rio pediu ao Ministério Público Estadual um parecer sobre a reabertura da Avenida Niemeyer, que liga os bairros do Leblon à São Conrado, na zona sul do Rio. O objetivo é que o MP avalie as novas fotografias anexadas ao processo e o pedido de reabertura da via.

No dia 10 deste mês, o município do Rio entrou com outro pedido para reabrir a avenida, alegando a conclusão da maior parte das obras e anexando fotografias que, segundo os procuradores que assinaram a petição, comprovam a situação de segurança da via.

Dias depois, o município entrou com outra petição, anexando um relatório de inspeção realizada no dia 13 pelo Instituto de Geotécnica do Rio, que concluía que a via está apta a receber fluxo de veículos, nos dois sentidos, com restrições.

Após o parecer do MP, o processo voltará para a 3ª Vara da Fazenda Pública. Até lá, continua valendo a decisão em segunda instância que determinou a manutenção da interdição da Avenida Niemeyer em dezembro do ano passado.

A prefeitura do Rio de Janeiro informou à Justiça que investiu mais de R$ 34 milhões e realizou 56 intervenções ao longo da Avenida Niemeyer, entre elas a colocação de drenos profundos, o restabelecimento do sistema de drenagem, a eliminação de contribuição de esgoto e a instalação de muros e estruturas de sustentação.

Antes do fechamento, a Avenida Niemeyer representava 25% do fluxo de veículos entre a zona Sul e a zona oeste, com cerca de 36 mil veículos circulando pela via diariamente. O prazo estipulado para o Ministério Público se manifestar é de cinco dias.

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