Senado recebe projeto que proíbe anistia a militares amotinados Fonte: Agência Senado
sábado, março 07, 2020
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Carlos Dantas
O Senado vai analisar um projeto de lei que proíbe a concessão de anistia a militares que se engajarem em greves. A medida vale para membros das Forças Armadas, policiais militares e bombeiros. O PL 524/2020 passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se aprovado, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.
Nos últimos 10 anos, o Congresso Nacional produziu quatro leis de anistia a militares grevistas, que abrangem movimentos reivindicatórios em 22 estados e no Distrito Federal desde 1997. Outros três projetos no mesmo sentido ainda tramitam por comissões da Câmara ou do Senado. Caso todos sejam aprovados, as anistias retrocederiam a 1983, atenderiam também à Polícia Federal e cobririam todos os estados do país, com exceção do Amapá — onde não há registro de greves militares no período.
O autor do texto é o senador Prisco Bezerra (PDT-CE), suplente do senador Cid Gomes (PDT-CE). No dia 19 de fevereiro, Cid foi baleado após intervir em uma manifestação de policiais militares em greve que ocupavam um quartel em Sobral (CE). Ele tentava romper o bloqueio dos policiais dirigindo uma retroescavadeira, quando foi atingido por dois tiros disparados por um dos grevistas. O senador está fora de perigo e se reabilita em casa, depois de cinco dias internado.
A greve de militares, assim como a sindicalização, é vedada pela Constituição Federal. Os militares que incorrem no ato ficam sujeitos a punições do Código Penal Militar (Decreto-Lei 1.001, de 1969), que podem chegar a 20 anos de reclusão. Prisco Bezerra destaca que o termo correto para esses movimentos é “motim”, e que eles são incompatíveis com a hierarquia e a disciplina das organizações.
O senador também afirma que as sucessivas anistias incentivam a repetição de movimentos grevistas, que colocam em risco a segurança da população.
“Trata-se, aqui, de impedir que esse tipo de instrumento seja utilizado como forma de assegurar a impunidade de agentes do Estado que atuam não apenas à margem da lei, como, muitas vezes, buscam transformar o governo e os cidadãos em reféns”, escreveu Prisco Bezerra na sua justificativa para o projeto.
O texto ainda espera a nomeação de um relator na CCJ. Se for aprovado pela comissão, ele não precisará ir ao Plenário, a menos que haja um requerimento para que isso aconteça, assinado por pelo menos nove senadores
Fonte: Agência Senado
Celulares podem passar a ser rastreados em investigação criminal Fonte: Agência Senado
sábado, março 07, 2020
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Carlos Dantas
Além de proposições da pauta feminina, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) pode votar na quarta-feira (10) projeto que obriga empresas de telecomunicações a fornecer dados para permitir o rastreamento físico de celulares em casos de investigação criminal, instrução processual penal e execução penal. A reunião da comissão está marcada para as 10 horas.
Ao apresentar o PLS 456/2015, o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que um dos objetivos é localizar vítimas de sequestro, autores de furtos ou roubos ou foragidos da Justiça. O recurso também poderia ser usado para descobrir se uma pessoa esteve ou não no local de um crime, no dia e horário do fato, segundo o senador.
Para o relator, senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), o projeto pode aparentar uma invasão ao direito fundamental à privacidade, mas ele prevê a entrega desses dados para fins de investigação, instrução criminal ou execução penal, o que não gera a violação.
“Havendo situações em que um direito fundamental conflita com outro de igual importância, é necessário fazer uma ponderação de valores, com a finalidade de se identificar qual direito prevalecerá. Pode ocorrer, portanto, que o interesse público em tutelar a vida, o patrimônio ou a integridade física de outrem se sobreponha ao interesse particular da privacidade”, explica o relator.
Arolde apresentou um substitutivo (texto alternativo) para aperfeiçoar o projeto. Além de limitar o uso do rastreamento apenas aos casos em que não houver outros meios investigatórios disponíveis, ele ampliou a lista de crimes em que o mecanismo de localização poderá ser usado.
O prazo para que a nova regra passe a valer é de 60 dias após a publicação da lei.
Fonte: Agência Senado
No Mês da Mulher, CCJ votará projetos da pauta feminina Fonte: Agência Senado
sábado, março 07, 2020
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Carlos Dantas
A pauta feminina será a prioridade da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no mês de março, quando se celebra o Dia Internacional da Mulher. A presidente do colegiado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), incluiu na lista de votação 11 projetos de lei que vão do combate à violência ao fortalecimento do protagonismo da mulher na política. A próxima reunião da CCJ está marcada para quarta-feira (11).
Um dos itens da pauta é o Projeto de Lei (PL) 1.541/2019, que pretende evitar fraude em cotas de gênero no sistema eleitoral. A lei estabelece que os partidos políticos devem dedicar pelo menos 30% das candidaturas para o gênero menos representado. Para combater as chamadas “candidatas laranjas” — que são inscritas pelas legendas para cumprir a cota, mas não realizam campanha de fato —, o texto prevê o pagamento de multas de R$ 100 mil a R$ 200 mil aos responsáveis pela irregularidade. A proposta da senadora Mailza Gomes (PP-AC) tem como relatora a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB).
A CCJ pode votar ainda o Projeto de Lei do Senado (PLS) 446/2018, que considera crimes hediondos a lesão corporal gravíssima e a lesão corporal seguida de morte quando praticadas contra mulher, criança ou maior de 60 anos. Com isso, os acusados por esses crimes não teriam direito à progressão de regime com o cumprimento de apenas um sexto da pena. O texto da senadora licenciada Rose de Freitas (Podemos-ES) tem como relator o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Outro item na pauta é o PLS 47/2012, que dá prioridade no atendimento policial à mulher idosa vítima de violência. De acordo com o texto, a prioridade vale inclusive para municípios que não contam com serviço especializado de atendimento à mulher. O projeto do senador Ciro Nogueira (PP-PI) tem como relator o senador Humberto Costa (PT-PE).
A senadora Simone Tebet lembra que a mulher é maioria entre a população e o eleitorado do país. Ainda assim, não disputa eleições em igualdade de condições e recebe salários mais baixos do que os pagos aos homens. Ela afirma que o combate a injustiças como essas deve mobilizar não apenas a bancada feminina no Congresso, mas toda a sociedade brasileira.
— A mulher percebeu que era importante entrar na política para poder ter voz, para ser ouvida e garantir seus direitos. O Dia Internacional da Mulher é um momento de celebrar, de agradecer aos homens que se somam conosco nessa luta e, também, de conscientizar a sociedade da importância da luta constante por igualdade em todos os sentidos — afirma.
Fonte: Agência Senado
fira os projetos na pauta
PLS 381/2018
Estabelece a pena de perda de bens e valores do autor de crimes de leão corporal contra mulher, feminicídio, estupro e dos praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher.
8/2016 Cria a Política Nacional de Informações Estatísticas relacionadas à violência contra a mulher, com a finalidade de reunir, organizar e analisar dados.
PL 3.475/2019 Autoriza a remoção a pedido de servidora pública federal vítima de violência doméstica e familiar, independentemente do interesse da administração.
PL 1.541/2019 Combate fraudes no cumprimento da cota de gênero no sistema eleitoral.
PL 1.729/2019 Veda a nomeação, para qualquer emprego público, de condenados por crime de violência contra a mulher.
PLS 287/2018 Exclui a exigência da condição de superior hierárquico para a configuração do crime de assédio sexual.
PLS 414/2018 Assegura a cada sexo o percentual mínimo de 30% na composição dos órgãos executivos dos conselhos federais e dos conselhos regionais fiscalizadores de profissões regulamentadas.
PLS 443/2018 Inclui o crime de abuso sexual contra criança ou adolescente entre os casos cuja suspeita deve ser comunicada ao Conselho Tutelar. O médico, professor ou responsável por estabelecimento de saúde ou educação básica deve comunicar à autoridade competente, sob pena de infração administrativa, as suspeitas de abuso sexual, castigo físico e tratamento cruel ou degradante contra criança ou adolescente.
PLS 445/2018 Aumenta a pena prevista para casos de corrupção de menores. O crime fica sujeito à pena de reclusão de 4 a 10 anos.
PLS 47/2012 Garante à mulher idosa vítima de violência prioridade no atendimento policial.
PLS 446/2018 Inclui no rol dos crimes hediondos a lesão corporal gravíssima e a lesão corporal seguida de morte, quando praticadas contra mulher, criança ou maior de 60 anos.
Fonte: Agência Senado
Governo vai lançar campanha para incentivar a participação de mulheres nas eleições municipais
sábado, março 07, 2020
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Carlos Dantas
Uma campanha para incentivar a participação de mulheres nas eleições municipais será lançada nos próximos dias pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
A antecipação do lançamento foi feita nesta sexta-feira pela ministra Damares Alves, após cerimônia no Palácio do Planalto pelo Dia internacional da mulher, que é comemorado no dia 8 de março.
A meta, segundo a ministra, é que todos os municípios brasileiros elejam para a Câmara de Vereadores pelo menos uma mulher.
A ministra comentou sobre a audiência temática da Comissão de Direitos Humanos vinculada à Organização dos Estados Americanos. Ela negou as denúncias de violação dos direitos humanos pelo governo brasileiro.
A ministra destacou que ainda não há o que comemorar em relação aos números da violência contra a mulher no Brasil, mas afirmou que o ministério está focado nas ações para combater a violência.
O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de feminicídio, segundo a ONU.
Damares disse está fortalecendo a rede de proteção à mulher com ações como a Patrulha Maria da Penha, que já atua em alguns estados com uma viatura e efetivo qualificado para o atendimento de casos de violência doméstica.
Outro exemplo que a ministra citou são as delegacias itinerantes que atendem as populações ribeirinhas. Segundo Damares, esse projeto já recebeu barcos no Pará e na Amazônia, que estão sendo usados para notificar casos de violência contra a mulher na região.
Anatel vai promover debate sobre leilão da internet 5G
sábado, março 07, 2020
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Carlos Dantas
A Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações marcou para 12 de março uma audiência pública, em Brasília, sobre leilão da internet 5G.
Será a maior licitação de frequências da história da Anatel.
Uma consulta pública sobre o assunto está disponível no portal da Anatel até 2 de abril de 2020. Ela apresenta, entre outros documentos, a proposta do Edital de Licitação do 5G.
As empresas vencedoras da licitação devem assumir compromissos associados a todas as faixas, propostos com o objetivo de aumentar a infraestrutura de banda larga fixa e o acesso aos serviços móveis em estradas e pequenas localidades, áreas de menor interesse comercial, conforme delineado pelo Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações.
Aumenta para 13 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil
sábado, março 07, 2020
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Carlos Dantas
Aumentou para 13 o número de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil. As informações foram repassadas pelo Ministério da Saúde nessa sexta-feira.
A Bahia registrou seu primeiro caso da doença. É uma mulher de 34 anos que esteve na Itália em fevereiro. Ela se encontra isolada em sua casa, em Feira de Santana, e está assintomática, ou seja, sem os sintomas do coronavírus.
Foram mais quatro casos confirmados em São Paulo, que agora contabiliza oito pessoas contaminadas pelo vírus.
Desses novos cinco casos confirmados nesta sexta, os infectados tiveram passagens recentes pela Itália, Reino Unido e Estados Unidos.
O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirma que, a partir de agora, serão considerados como casos suspeitos os pacientes que tiverem viajado para o exterior.
“Como a maioria dos nossos voos que chegam ao Brasil são Europa e Estados Unidos, as combinações possíveis de pessoas dentro do voo vindo de países com transmissão, não há mais condições. É típico de uma situação pandêmica no hemisfério norte. Nós agora passamos a não fazer mais nexo de país, e sim de viagem ao exterior. Temos da América do Norte, da Europa e da Ásia”.
O Ministro da Saúde também orienta a população a evitar buscar os hospitais, deixando o atendimento para pacientes graves.
“Esse é o momento de as pessoas terem dúvida, ligarem, evitar hospital. Se a gente conseguir trabalhar o hospital para os pacientes que necessitam, temos condições de avançar com números de leitos que eventualmente necessitamos”.
Ao todo, são 768 casos suspeitos em investigação para o coronavírus. Outros 480 casos já foram descartados. Os estados do Maranhão, Piauí, Amapá, Acre e Roraima não têm registros até o momento.
Rio de Janeiro e Espírito Santo tiveram a confirmação na quinta-feira de um caso em cada estado. O caso confirmado por um laboratório particular no Distrito Federal ainda aguarda a confirmação da contraprova no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
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