Governo do Maranhão constrói hospital de 50 leitos em Amarante com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2024

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Presidente da Agência Metropolitana e autoridades locais vistoriam obra que beneficiará a população em geral.

Uma notícia muito aguardada e promissora está tomando forma em Amarante, um dos maiores municípios da região. O Governo do Estado, em colaboração com a Agência Executiva Metropolitana do Sudoeste Maranhense (Agemsul), está empenhado na construção de um hospital com 50 leitos que deve ser inaugurado no primeiro semestre do próximo ano.


No último domingo (27), uma equipe de destaque composta pelo presidente da Agência, o ex-prefeito de Buritirana Vagtonio Brandão, o deputado estadual Antônio Pereira e o prefeito Vanderly Gomes, realizou uma vistoria minuciosa da obra. Esse hospital representa um marco importante para a região, que tem uma população de mais de 40 mil habitantes contabilizado pela sede do município e diversos povoados.


Amarante, com seus 7.438,217 km², figura entre os dez maiores municípios do estado do Maranhão. No entanto, a falta de uma infraestrutura de saúde adequada tem sido um desafio para a comunidade local por muito tempo. A construção deste hospital é, portanto, a realização de um antigo sonho que em breve se tornará uma realidade tangível.


O novo hospital não apenas servirá à cidade de Amarante, mas também a toda a região circundante, desempenhando um papel crucial na melhoria do atendimento médico e no acesso a cuidados de saúde de qualidade. Com 50 leitos, essa instalação médica será uma adição vital para atender às necessidades da população local.


O presidente da Agemsul, Vagtonio Brandão, expressou sua satisfação com o progresso da obra e destacou a importância dessa iniciativa para a comunidade. O deputado estadual Antônio Pereira e o prefeito Vanderly Gomes também enfatizaram o impacto positivo que esse hospital terá na vida dos cidadãos de Amarante.


A inauguração prevista para o primeiro semestre de 2024 traz esperança e otimismo para a população local, que finalmente verá um projeto de longa data se concretizar, proporcionando cuidados de saúde essenciais para a cidade e seus arredores. O hospital de 50 leitos é um passo significativo em direção a uma comunidade mais saudável e próspera em Amarante.



Eleições em Porto Franco: Oposição calcula 9.000 votos e promete desafio em 2024

 

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Análise dos números eleitorais revela potencial de mudança na política local


Porto Franco — Com as eleições de 2024 se aproximando, o cenário político em Porto Franco está se aquecendo, e a oposição afirma que já contabiliza um total de 9.000 votos, desafiando a atual gestão liderada pelo prefeito Deoclides Macedo.


Os números das eleições de 2020 são cruciais para entender essa afirmação. Na última eleição, o ex-prefeito Dr. Nelson conquistou 5.729 votos, enquanto o prefeito atual, Deoclides Macedo, recebeu 8.283 votos. No entanto, quando somamos os votos depositados em Dr. Nelson com os votos dos vereadores de oposição - Cafimfim, Felipe Aguiar, Edidacio, Saló - o total chega a 2.576.


Isso leva a uma soma impressionante de 8.305 votos para a oposição, uma margem estreita em relação ao total de votos recebidos pelo prefeito Deoclides Macedo. Com o desgaste natural de qualquer gestão e possíveis demandas impopulares, especula-se que o prefeito tenha despencado para cerca de 5.000 votos.


A oposição está confiante e argumenta que a população de Porto Franco está cansada da atual administração e está ansiosa por uma mudança. Eles estão apostando em conquistar os votos de protesto e os votos de rejeição adquiridos pela gestão atual.


As eleições de 2024 prometem ser emocionante e carregada de expectativas. A oposição está determinada a desafiar o atual prefeito e a criar um novo rumo para a política local. Enquanto o pleito se aproxima, os olhos estarão voltados para Porto Franco, ansiosos para ver como essa dinâmica política se desenrolará e se a oposição poderá realmente conquistar os 9.000 votos que almeja.




PF faz buscas em investigação que mira Juscelino Filho; irmã de ministro prefeita é alvo

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A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta (1) mandados de busca e apreensão em uma investigação que mira o ministro da Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil-MA).

Um dos alvos de busca é Luanna Resende, irmã de Juscelino, e prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão. Ela também foi afastada do cargo por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). Médica de formação, Luanna tem 35 anos e cumpre seu segundo mandato na prefeitura da cidade marenhense de pouco mais de 30 mil habitantes. Antes de 2016, a irmã de Juscelino Filho nunca havia cumprido um mandato eletivo.

A PF chegou a pedir buscas contra Juscelino, mas Barroso negou a solicitação.

É a primeira operação da PF envolvendo um ministro do governo Lula. Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Luís/MA, Vitorino Freire/MA e Bacabal/MA. As medidas foram autorizadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação mira obras da construtora Construservice contratadas pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e bancadas com dinheiro de emendas parlamentares, algumas delas enviadas por Juscelino Filho.

A Codevasf, entregue por Bolsonaro a partidos do centrão em troca de apoio político e mantida dessa forma agora pelo governo Lula, cresceu em contratos no governo anterior e expandiu seu foco e sua área de atuação —tudo isso sem planejamento e com controle precário de gastos.

Ao mesmo tempo, a estatal se transformou num dos principais instrumentos para escoar a verba recorde das emendas, distribuídas a deputados e senadores com base em critérios políticos e que dão sustentação ao governo no Congresso, tanto com Bolsonaro e agora sob Lula.

A operação desta sexta-feira, segundo a PF, visa “desarticular organização criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro”, envolvendo verbas federais da Codevasf.

São cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de São Luís, Vitorino Freire e Bacabal, todos no Maranhão. A investigação, iniciada em 2021, teve a sua primeira fase deflagrada em julho de 2022 e a segunda em outubro do ano passado.

A fase atual, segundo a PF, “alcança o núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense”.

Se confirmadas as suspeitas, segue a nota da Polícia Federal, “os investigados poderão responder por fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva”.

Como mostrou a Folha, ao menos R$ 42 milhões indicados por Juscelino Filho irrigaram contratos com empreiteiras que estão no centro de suspeitas de irregularidades em obras da estatal federal Codevasf.

Desse total, R$ 19,3 milhões empenhados a partir de verbas direcionadas por Juscelino para obras em diversos municípios do Maranhão foram para contratos com a Construservice.

A construtora, como revelou a Folha em maio do ano passado, chegou a aparecer como a vice-líder em licitações da estatal federal Codevasf e utilizou laranjas para participar de concorrências públicas na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com sede em Codó (a 300 km de São Luís), desde 2019 ela já teve empenhado pelo governo federal ao menos R$ 140 milhões. Todos os contratos da empreiteira com a administração federal haviam sido firmados após 2019, ou seja, no governo Bolsonaro.

As duas pessoas registradas oficialmente como donas da empresa são as mesmas que, em 2015, foram ouvidas em uma investigação policial e admitiram que foram chamadas para constar formalmente como sócias na construtora, embora não mantivessem nenhuma ligação pessoal ou empresarial entre elas.

Os convites, dizem os sócios laranjas, partiram de Eduardo José Barros Costa. Ele é sócio oculto da Construservice e também conhecido como Eduardo Imperador ou Eduardo DP.

A Polícia Federal suspeita que tem origem na Codevasf um esquema de fraude em licitações com verba federal para beneficiar a Construservice. Os investigadores levantam a hipótese de que as licitações são apenas meios de formalizar o direcionamento da verba à empresa. (Folha de SP)

Aprovado PL que obriga divulgação de canais de atendimento do “Disque 100” em aulas virtuais da rede pública



De autoria da deputada Janaína Ramos, PL nº 212/2023 torna obrigatória a divulgação dos canais de denúncia de abuso e violência contra crianças e adolescentes


O Plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou em segundo turno, na sessão desta quinta-feira (31), o Projeto de Lei nº 212/2023, de autoria da deputada Janaína Ramos (Republicanos), que torna obrigatória a divulgação dos canais de denúncia de abuso e violência contra crianças e adolescentes nas aulas virtuais e televisivas disponibilizadas pela rede de ensino público do Maranhão. A matéria vai à redação final.

Segundo o texto do projeto, os canais de atendimento do “Disque 100”, para denúncia de abusos e violência contra crianças e adolescentes, deverão ser divulgados nas aulas virtuais e televisivas que sejam disponibilizadas pelas redes de ensino pública por qualquer plataforma.

O material a ser utilizado na divulgação deverá assegurar a máxima proteção de crianças e adolescentes, respeitando o disposto na Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 

Em sua justificativa, a deputa Janaína Ramos reforça que há uma real necessidade de crianças e adolescentes terem, cada vez mais, acesso às informações sobre os tipos de violência que possam sofrer e, caso sofram, saibam identificar e realizar a denúncia.

“Na medida em que não só crianças e adolescentes possam ter acesso aos canais de denúncias e consequente conscientização das violações, como também os demais integrantes da família, que, em muitos casos, participam do processo de aprendizagem dos seus filhos”, assinala. 



Agência Assembleia

Existe crise financeira nos municípios do Maranhão?

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Recentemente assistimos prefeitos das mais variadas cidades do Maranhão e até mesmo a Federação que os congrega proferindo discursos enfáticos sobre a crise financeira em que vive seus municípios. Conforme recortes jornalísticos a insatisfação decorre do fato de que as receitas oriundas das transferências constitucionais da União para os municípios sofreram uma redução significativa em comparação com o ano 2022, enquanto as despesas principalmente as vinculadas ao pessoal sofreramum aumento muito acima das expectativas da receita,gerando uma extrema dificuldade de se manter serviços públicos essenciais em pleno funcionamento.

Neste artigo buscaremos responder, com base em dados fidedignos dTesouro Nacional, se de fato houve uma redução das receitas transferidas e em até que ponto impacta diretamente no funcionamento de outros serviços públicos, já que os municípios possuem diversas fontes de recursos financeiros além das transferências constitucionais.

Antes de adentrar nas questões específicas do tema é preciso entender o cenário em que se encontra o município dentro do federalismo brasileiro.

elevação do Munícipio à condição de ente federativo em um primeiro momento pareceu ser, ao menos sobre a perspectiva dos municipalistas, um avanço na democracia e na descentralização das políticas públicas. Na perspectiva política, tratava-se de um processo de redemocratização das estruturas de poder, de modo a transferir até a esfera local de governo as políticas sociais, onde elas poderiam ser mais bem submetidas ao controle social (Fleury, 2006).

Porém sobre outra perspectiva, o fortalecimento dos municípios causou impactos negativos tanto para a Uniãoquanto aos próprios munícipios.  Para o Governo Central, há quem defenda que a descentralização alimentou a ingovernabilidade, devido à perda de receitas da esfera federal de poder, já nos municípios visualizava-se àincapacidade técnica destes para assumir as novas responsabilidades políticas, além dos problemas derivados da insuficiência de escala que a maioria apresenta no que tange a várias políticas públicas (Resende, 2007).

Como o passar dos anos vimos hoje que aquela vislumbrada defesa da democracia e descentralização de poder passa pelo processo inverso. A União se fortaleceu economicamente e por via de consequência, politicamente, fazendo fortalecer dia a dia o processo de recentralizaçao do poder público-político.

No entanto, não houve recentralização nas políticas, cuja execução fora transferida para os municípios. Ao contrário, houve obrigatoriedade crescente de os municípios assumirem boa parte do financiamento das políticas públicas, anteriormente a cargos da União e dos Estados.

princípio geral que delineia a repartição de competências entre as entidades componentes do Estado Federal é o da “predominância do interesse”, que se manifesta nas afirmações de que à União caberão as matérias de “interesse geral”; aos estados, as de “predominante interesse regional”; e, aos municípios, aqueles “assuntos de interesse local”conforme os poderes enumerados nos artigos 20 a 30 da Constituição Federal.

Dito de outra forma, temos que a União ficou com maior Poder Político e financeiro enquanto os municípiosficaram com as obrigações de cumprimento da maioria das políticas sociais, por serem essas predominantemente de “interesse local”.

Pois bem, feito essas considerações introdutórias passamos analisar os dados referentes as finanças dos municípios do Maranhão tomada como todo, isto é,analisando globalmente todos os municípios do Estado, sem individualizar nenhum município.

As finanças municipais são constituídas por receitas oriundas de diversas fontes. Além das receitas próprias, as receitas de transferências da União para os municípios representam o maior volume de recursos previsto na Constituição, destacam-se: o Fundo de Participação dos Municípios – FPM; IPI – Exportação; CIDE-Combustíveis; o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb; Royalties; e o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural  ITR. Tem ainda as transferências do Estado aos municípios, decorrentes da repartição das receitas tributária do ICMS e IPVA.

Entre as receitas transferidas, o FPM possui maior representatividade e a fixação dos parâmetros a serem utilizados para distribuição das cota-partes são definidasanualmente pelo Tribunal de Contas da União-TCU, como base em dados do IBGE.

Ocorre que o último censo demográfico concluído pelo IBGE remonta ao ano de 2010, ou seja, pouco mais de 12 anos atrás, e o Censo de 2022, por diversos motivos amplamente noticiados pela imprensa nacional, foi bastante tumultuado, resultando que em fevereiro deste ano, o Plenário do Supremo Tribunal Federal-STF, manteve a suspensão da Decisão Normativa 201/2022 do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinava a utilização dos dados do Censo Demográfico de 2022, que ainda não havia sido concluído. Com isso, os parâmetros da norma anterior (Decisão Normativa TCU 193/2021, relativa ao exercício de 2022) deveriam ser aplicados para o exercício de 2023.

Com toda essa celeuma houve uma indefinição e insegurança na fixação dos valores do FPM aos municípios, que somado ao fato das receitas não estarem no patamar de supostas as despesas, causaram alvoroço nos gestores municipais.

Nesse artigo trataremos apenas do FPM e FUNDEB, considerando sua maior parcela de representatividadefrente as demais receitas. A tabela abaixo demonstra os valores recebidos pelos municípios do Maranhão, tomado como um todo nos períodos compreendidos de janeiro a agosto de 2021, 2022 e 2023.

Fonte: Elaboração própria com base nos dados obtidos em https://www.tesourotransparente.gov.br/consultas/transferencias-constitucionais-realizadas em 29 de agosto de 2023. * Os valores já estão descontados da parcela de 20% destinado a FUNDEB

Considerando-se a taxa de inflação acumulada dos últimos 12 meses apurada pelo IBGE/IPCA de 3,99% é possível seconstatar uma drástica redução das principais receitas de transferências da União.

Ao contrário da série histórica de anos anteriores em que houve um pequeno aumento nominal dos valores do repasse, o mesmo não se observando quando se compara os exercícios 2022 e 2023.

Por outro lado, para se analisar o cenário econômico das finanças municipais e necessário conhecer das receitas eas despesas. Quanto as estas é que reside uma problemática ainda maior.

Os municípios “respondem por 38,5% dos gastos sociais universais, desconsiderando-se os benefícios de proteção social. A participação relativa dos municípios chega a 40,2% na educação; 46,7% na saúde; 53,8% na habitação; e 79,7% no saneamento” (Afonso, 2018).

Nos munícipios, ao contrário da União, não existe o chamado teto de gastos, que limita o crescimento das despesas públicas à inflação registrada no ano anterior, dessa forma, as administrações não têm conseguido conter o aumento real das despesas obrigatórias, como pessoal, previdência e insumos, a ponto de garantir uma estabilidade econômico-financeira, fazendo surgir um cenário desolador.

União, a despeito das regras constitucionais que impedem a transferência de encargos aos munícipios sem a correspondente compensação financeira (CF. artigo 167 § 7º) tem sido responsável pelo incremento desordenado das despesas obrigatórias dos munícipios. Exemplos são diversos: reajustes sistemáticos de categorias de servidores municipais acima do salário-mínimo (professores, agente de saúde, enfermeiros), geração desordenada de despesas obrigatória de caráter continuado, quando se transfere recursos para construção de escolas e unidades de saúde, sem o respectivo incremento nas despesas de custeio, dentre diversas outras circunstâncias.

Para se ter uma ideia, o resultado primário da União em 2023 tem apresentado tendência de queda, em relação a 2022, devido à combinação de queda real da arrecadação e crescimento da despesa. No acumulado no primeiro semestre do ano, o déficit primário foi estimado em R$ 41,3 bilhões a preços de junho, ante o superávit de R$ 59 bilhões no mesmo período de 2022.

Nesse contexto, o cenário dos outros entes subnacionais (Estado e Municípios) também apontam para o mesmo resultado.  As despesas, em especial aquelas contínuas e não-discricionárias vem sofrendo aumentos bem superiores as experimentadas pelas despesas que o suportam e ainda precisam arcar com encargos transferidos pelUnião.

Essa semana foi muito comemorado a aprovação da Lei que retoma a política de valorização do salário-mínimo. O texto também trata do aumento da faixa daqueles que terão isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física de forma permanente aplicados já em 2023.

Essas duas conquistas do povo brasileiro, em especial aqueles de baixa renda e de classe média, trazem impactos gigantesco nas finanças dos munícios. A um, porque a maioria dos trabalhadores dos pequenos municípios do Maranhão (90% possuem menos de 50 mil habitantes)possuem o salário-mínimo como renda básica. A dois, porque ao aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a União compromete a distribuição do FPM aos Municípios.

Na área educacional o cenário é mais desolador. Os municípios possuem como fonte de receita principal o FUNDEB- Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação e seus aditivos (VAAT, VAAF e VAAR).  

Os sucessivos reajustes do Piso do Magistérios nos últimos dois anos (33,24% e 14,95%) acarretou, segundo a Confederação Nacional dos Municípios, um impacto de mais de R$ 19,4 bilhões aos cofres das prefeituras brasileiras, somente em 2023.

As despesas com Educação nos municípios do Maranhão, conforme levantamento realizado pelo Instituto de Contabilidade e Planejamento do Maranhão- ICPM, alcança o percentual de 85% das receitas vinculadas do município. Isso significa dizer que enquanto as despesas aumentam na proporção de 14% anual, as receitas diminuem mais de 5%, gerando mais um déficit financeiros nas finanças municipais.

 Estudo do Conselho Federal de Medicina aponta que grande parte dos municípios brasileiros estão se vendo cada vez mais sobrecarregados, investindo, em média, quase 30% de seus orçamentos na saúde. Segundo os dados oficiais só as despesas municipais com recursos próprios aumentaram 53% nos últimos anos, passando de R$ 59,9 bilhões para R$ 91,5 bilhões, em valores atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA). No mesmo período, os gastos federais e estaduais subiram 38% e 35%, respectivamente.

Conforme o mesmo Estudo em 2008, as prefeituras assumiam 29% do gasto público. Esse percentual em 2021alcançou 31,3%. Já a União, que na década de 1990 chegou a ser responsável por 75% do financiamento da saúde no Brasil, praticamente se manteve próxima de 43% nos últimos anos. No caso dos estados, o índice teve pouca variação no período, oscilando entre 25,4% e 27,6% das despesas.

Nesse contexto, as dificuldades enfrentadas pelos municípios em relação às suas finanças públicas representam um desafio premente e multifacetado que merece atenção e reflexão. A gestão financeira municipal frequentemente se depara com um equilíbrio delicado entre as demandas crescentes por serviços públicos de qualidade e os recursos limitados disponíveis. Questões como a dependência de repasses estaduais e federais, a rigidez dos gastos obrigatórios, bem como a complexidade tributária, torna ainda mais árdua a tarefa de garantir uma gestão financeira estável e sustentável. Além disso, eventos imprevisíveis, como crises econômicas ou desastres naturais, podem agravar ainda mais a situação. Portanto, entender e abordar as dificuldades financeiras dos municípios é fundamental para promover o desenvolvimento local e proporcionar uma melhor qualidade de vida para seus habitantes.

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